Residência técnica – Temporada 2024-2025
➜ 3.09 ─ 14.09.2024

Amparo González Sola é uma coreógrafa e bailarina argentina, que trabalha a partir dos Países Baixos. O seu trabalho vai desde o desempenho da dança a projetos participativos, sendo influenciado pelo seu ativismo feminista e pela sua experiência de migração. Concluiu o mestrado DAS Choreography (AHK, 2022). Estreou “ The conspiracy of forms”, em 2023, e “ The conspiracy of forms”, em 2022, no SPRING Performing Arts Festival, em Utrecht (Países Baixos). Desenvolveu o projeto participativo “Exploring Reciprocity” com residentes em Utrecht (2019-2023), reunindo pessoas de diferentes origens, gerações e disciplinas. É artista associada da Dansateliers (2025-2028) e faz parte do Cultural Common Lab (Utrecht). Colabora, regularmente, com diferentes artistas, investigadores/as e ativistas. O seu trabalho é apoiado por várias instituições holandesas e internacionais.

While taking shape

Neste novo espetáculo, Amparo González Sola aborda várias questões que mexem consigo enquanto criadora e ser humano. Partindo dos tempos de colapso e sofrimento que estamos a experimentar em todo o mundo, questiona-se: é possível ressonar com coisas que não nos tocam diretamente? O que precisamos de fazer para nos podermos conectar e nos sentirmos responsáveis pelas coisas que estão a acontecer à nossa volta, mesmo quando não acontecem diretamente nos nossos corpos ou nas nossas cidades? A empatia é uma (im)possibilidade?
Aproxima-se destas questões, confiando no que as práticas de movimento e performance nos podem ensinar, através da exploração da relação entre artistas e público. Procura que o público experimente a forma como a sua presença, os seus gestos, a sua posição no espaço, afetam o que acontece na cena e, mais concretamente, no corpo e nos movimentos de cada artista. Explora a relação entre o olhar, a distância e a proximidade.
Nesta peça, colabora com Rita Bifufulco e Alina Ruiz Folini (performance), Vinny Jones (design de luz) Nahuel Cano (criação sonora), entre outras pessoas.
O trabalho estreia em 2025 no Spring Performing Arts Festival (Utrecht), tem coprodução do festival e da Dansateliers (Roterdão) e apoio do BAU AIR, Greenhouse (Amesterdão), workspacebrussels (Bruxelas), Tanzhaus (Zurique), Marres, ROOM Festival (Maastricht), Frascati (Amesterdão), Dansateliers (Roterdão) e CAMPUS Paulo Cunha e Silva (Porto).

As Residências Artísticas e as Residências Técnicas são programas distintos do projeto artístico do CAMPUS Paulo Cunha e Silva, com candidatura por open call, lançado uma vez por temporada.
Estes programas são o único eixo do Departamento de Artes Performativas da Ágora — Cultura e Desporto do Porto, E.M. selecionados através de open call e júri rotativo, de forma a garantir um acesso democrático ao espaço.
Para a temporada 2024-2025, a open call para as Residências Artísticas, bem como para as Residências Técnicas, é lançada no início de 2024.

Para a temporada 2024-2025, as Residências Artísticas e Técnicas destinam-se a artistas/coletivos/companhias locais, nacionais e estrangeiros/as, atribuindo pelo menos 50% destas residências a artistas locais. As candidaturas devem ser submetidas na língua portuguesa e inglesa, não se admitindo outra.

Cada artista poderá candidatar-se a vários programas do CAMPUS PCS, desde que seja sempre com projetos distintos e nos formulários de candidatura correspondentes a cada open call. O mesmo projeto não poderá candidatar-se a programas diferentes. Os projetos que sejam coproduzidos pelo Teatro Municipal do Porto ou DDD - Festival Dias da Dança (com exceção das cedências ao abrigo do “Programa Campo Aberto”) não poderão candidatar-se a programas do CAMPUS PCS que contemplem apoio financeiro (Residências Artísticas, Residências Técnicas e Reclamar Tempo). Contudo, cada artista/companhia poderá candidatar-se com outro projeto artístico (incluindo as companhias residentes no Teatro Campo Alegre). Assim sendo, as residências das coproduções e projetos do Teatro Municipal do Porto manter-se-ão maioritariamente no Rivoli e Campo Alegre.

Não. O apoio financeiro às residências (tanto artísticas como técnicas) é um outro modelo de apoio e não impede que o mesmo projeto seja, posteriormente, apoiado para coprodução ou acolhimento de apresentação, de acordo com a pertinência da sua inclusão na programação. Este modelo permite melhores condições de criação durante um período considerável de tempo, no mesmo local, gerando um outro tipo de apoio ao desenvolvimento artístico.

Sim. As Residências Artísticas podem destinar-se a períodos de pesquisa, bem como criações com estreia definida e, ainda, ensaios de peças já existentes. Estas residências pressupõem uma utilização mais intensiva de estúdio por um período de 3 semanas e um momento de abertura do processo, num formato a definir por cada artista em colaboração com a Direção Artística do CAMPUS PCS, que poderá ir desde um ensaio aberto, a uma artist talk ou a uma partilha de prática. As Residências Técnicas, destinam-se, não só a projetos na sua fase final de montagem técnica, mas também a propostas de experimentação com luz, som e maquinaria em qualquer fase do seu desenvolvimento.

Poderão candidatar-se projetos nas áreas de dança contemporânea, teatro contemporâneo, circo contemporâneo, formas animadas e cruzamentos disciplinares.

Será atribuído um valor semanal total de €550,00 (a que acrescerá IVA à taxa legal) em vigor para cada residência. Este valor será o mesmo para equipas de diferentes dimensões. É um valor fixo, a ser pago, mediante entrega de fatura ou recibo verde da pessoa titular, que deverá ser emitido pela mesma pessoa / entidade que formalizou a candidatura e celebrou o contrato. O valor semanal atribuído a cada residência deverá ser gerido por cada artista, podendo ser utilizado, por exemplo, para viagens, despesas de criação, alimentação, etc.

As Residências Artísticas e Técnicas terão elementos convidados/as distintos/as a cada edição. O regulamento e critérios de avaliação poderão ser consultados nesta página.

Na temporada 2024-2025, serão atribuídas 3 Residências Técnicas, que se realizarão no Teatro Campo Alegre. Ao longo desta mesma temporada, haverá um máximo de 60 semanas de Residências Artísticas a atribuir no CAMPUS PCS, sendo o número final ente 18 e 20 residências.
Está previsto haver apenas 2 Residências Artísticas em simultâneo, de forma a prevalecer a maior privacidade possível para cada equipa. Os períodos não utilizados para as residências serão desbloqueados para reserva de espaço.

A cada open call existirão períodos temporais previamente definidos para a realização das residências. Após a divulgação dos resultados finais da open call, os projetos selecionados serão contactados para definição dos períodos temporais da residência. Os períodos de residência serão atribuídos dando preferência sucessiva às candidaturas com a melhor avaliação. Para esse efeito, a equipa do CAMPUS PCS contactará os projetos selecionados pela ordem de pontuação (da melhor para a menor pontuação atribuída pelo júri), para que as datas sejam sucessivamente definidas e fixadas.

Sim. Há um formulário de candidatura específico para cada programa. As candidaturas serão aceites apenas através da submissão de formulário, dentro do prazo indicado no open call e regulamentos. Candidaturas submetidas por outra via ou após a data e hora limite não serão consideradas.

As candidaturas devem ser apresentadas pela pessoa ou entidade que, caso o projeto seja selecionado, irá emitir fatura/recibo do valor do apoio a conceder. Não é admitida a alteração de titularidade entre a pessoa ou entidade proponente da candidatura e a pessoa ou entidade emissora do correspondente recibo.

A avaliação do júri poderá ser solicitada para consulta. No entanto, não haverá feedback individualizado para cada projeto. A equipa do CAMPUS PCS estará disponível para responder a todas as dúvidas e questões antes da data limite de submissão, através do seguinte e-mail: campuspcs@agoraporto.pt.

Para as Residências Artísticas (apenas) há dramaturgistas nacionais e internacionais que terão uma bolsa de horas para cada residência (no caso de serem escolhidos/as). Se for pretendido, a escolha deverá ser feita no momento de candidatura, no formulário, onde constará uma lista com as possibilidades (é opcional). Esta figura de olhar exterior pode ser utilizada para referências, leituras, desafios ou algo completamente diferente. A sua participação será acordada diretamente entre cada artista e dramaturgista, dentro da bolsa de horas existente. Os/as dramaturgistas estarão disponíveis apenas durante o período de residência no CAMPUS PCS, de uma forma virtual (caso sejam de fora do Porto) ou presencialmente, no caso de serem locais e mediante a sua disponibilidade.

No máximo, é disponibilizado alojamento de 1 (um) quarto por projeto, com ocupação máxima de 2 (duas) pessoas, mediante disponibilidade.

O CAMPUS PCS tem uma cozinha equipada e um local para refeições. Será sempre privilegiada a utilização da cozinha por artistas em residências mais longas. Há dois frigoríficos, um para artistas residentes, que estejam a habitar o CAMPUS PCS, e outro para a equipa e residentes de menor permanência.

O CAMPUS PCS permite o acesso a pessoas com mobilidade reduzida no Piso 0. Caso haja elementos da equipa com mobilidade reduzida, deverá ser indicada nos formulários de candidatura.

Sim, é possível mediante solicitação e com menção específica do programa ao qual a candidatura se destina. No mínimo, o pedido deve ser feito com 1 mês de antecedência.

Durante as Residência Artísticas no CAMPUS PCS é possível deixar todos os adereços no espaço que está alocado para a residência. O espaço fica destinado a cada residência durante 24h, por todo o período designado.

Artistas que estão em residência poderão trazer alguém externo apenas para os espaços comuns e de trabalho, desde que seja solicitado via e-mail à equipa do CAMPUS PCS. Não são permitidas dormidas de pessoas externas às equipas residentes.

Há! 💗 Temos um conjunto de House Rules que serão enviadas a cada artista que “habite” o CAMPUS PCS, juntamente com um Welcome Guide. A equipa do CAMPUS PCS terá autonomia e autoridade para relembrar as regras em vigor, caso necessário.

O CAMPUS PCS é um espaço paper free e toda a comunicação é feita online, tal como as candidaturas aos diversos programas.

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Amparo González Sola

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